sábado, fevereiro 19, 2005

Aprendinzajem (hã, hã, perceberam?)

Hoje tive um dia muito produtivo em termos de aprendizagem do modo de como se mete uma mina a funcionar em força...
Ontem chegou cá o Paulo, director de produção cá da casa, que veio de Lisboa (ainda não sinto saudades...). É Geólogo também, e um tipo que gosta de trabalhar. Comecei o dia a acompanha-lo pela volta de reconhecimento dele, para ver como as coisas estavam desde que se tinha ido embora... Claro que não encontrou tudo como deixou, as coisas durante cerca de um mês alteram-se sempre, de modo que ele esteve a tornar as coisas do seu agrado e do modo como ele acha que devem ser.... Bem, isso implicou alguns berros com o pessoal para os “motivar” ao trabalho, mas apesar disso notava-se a calorosa recepção que teve da parte dos mesmos (ou alguns) com quem gritava... Parece-me que é modelo a seguir.
Foi um dia mesmo interessante, vi como se dirige uma mina no terreno de modo a que as coisas se encaixem para que a coisa funcione. E olhem que não é só dar ordens do tipo faz isto ou aquilo, nada disso, é necessário pensar numa série de coisas ao mesmo tempo de modo a que elas se articulem da melhor maneira. Complicado. Continuo a sentir-me à nora, mas já não da mesma maneira que me sentia, agora o meu problema é encaixar a quantidade enorme de informação que preciso para poder trabalhar da melhor maneira... E isto implica saber, por exemplo em relação às máquinas, as suas características, desde a capacidade delas (carga, velocidade, modelo...) até aos consumos que têm de modo a gerir o combustível da melhor maneira, para além de conhecer as pessoas com quem se trabalha e saber as suas capacidades (coisa que muitas vezes me parece que é descurada noutros sítios)... E muitas mais coisas... Claro que tenho de me acalmar, pois não vou aprender tudo num dia, e tenho muuuuito tempo para isso. Três meses seguidos ou quem sabe (parece-me bem que sim pelos exemplos que vejo) mesmo quatro...

Um problema que se passa por aqui é a electricidade, volta e meia falta, à noite principalmente, de modo que o gerador é aqui uma máquina fundamental, e hoje como esteve com um problema qualquer (que ainda não sei qual foi) ficámos sem a dita durante umas horas desde o entardecer... O que foi bom, pelo menos eu gostei, não para pensar na importância que a electricidade tem nas nossas vidas e que só nos apercebemos disso nestas alturas (à pois!), mas porque começou uma tempestade tropical com relâmpagos a monte... Pelo menos para os meus padrões... Claro que sem luz artificial o espectáculo foi muito mais deslumbrante, e aproveitei para tentar tirar umas fotografias dos relâmpagos. O que não foi fácil, pois a maioria dos raios concentrava-se a Sul (devia estar mesmo em cima de Nzaji, ou Andrada nos mapas mais antigos) dos meus aposentos (numa casa das construída pela DIAMANG, no Lupango*) tem uma vista virada para Oeste, como já se aperceberam certamente pelas fotos dos pôr do Sol que tenho aqui postado.
Mas ainda consegui umas coisas interessantes e ei de ter ainda mais ocasiões de o fazer novamente (lá está, três ou quatro meses...)

* vão ver o que é isso em http://diamang.com/

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Aprendin...hã, hã...ué?!
Último parágrafo, 7ª linha: à pois.Trata-se de artigo+preposição ou de ah exclamativo?
16ª linha: foto dos pôr-do-sol. Estás integrado, vê-se!
17ª linha: e ei de ter. Fazes-me lembrar D. Dinis e suas cantigas de amigo.
Bem, não era minha intenção dar uma de escárnio e mal dizer, mas sabes que não resisto a uma boa alfinetada. Pelo facto, perdoa-me!
Quanto às fotos do sol poente e da trovoada, palavras para quê?
Beijinhos
Nela

11:05 da tarde  
Blogger Duarte said...

Obrigadinho hã! Não tarda nada tenho montes de gente a cair-m em cima depois deste mote... E ainda por cima a Mamã...

11:41 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Descobriste-me a careca! Não era preciso dizer que era a mamã!
Nela

11:32 da tarde  

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