E o resto do prato?

Esqueci-me de dizer o que está no prato para além da makenene, o que se parece com puré de batata é funge, feito de farinha de bombó (mandioca preparada de uma maneira que não sei bem ainda) e de farinha de milho, e a coisa verde que parece esparregado mal moído é kisaca, feita de folhas de mandioca amassadas e guisadas. Muito bom tudo!

Esta semana realizaram-se os festejos (grande pompa...) relativos ao dia do mineiro com (pelo menos do que me foi dado a ver) algumas actividades desportivas. Uma delas foi um torneio de snooker que envolveu dois projectos da zona, o meu e o Projecto Chitotolo. Na vez em que lá fomos para a disputa (sim ganhámos, o Lucas (supervisor de exploração) foi o Campeão...) tive oportunidade de comer um petisco especial, makenene.
Makenene são as soldados das térmitas, lá para baixo (ou melhor, nos arquivos) já postei uma foto de uma termiteira delas, aqui chamados de montes de salalé. A salalé são os indivíduos reprodutores que saem das termiteiras, parece que no final da época das chuvas... Quer dizer que está quase a aparecer... Chlép chlép!
O sabor do makenene para ser sincero não é nada de especial, a coisa mais estranha é mesmo sentir a cabeça quitinosa a quebrar-se entre os dentes e as mandíbulas a picarem na boca. Isso é que é estranho. Mas passa rapidamente. É bom com gindungo.
É comido crú, mas parece que os mais afoitos arriscam-se a comer os bichos vivos.... Com muito cuidado que a mordida é violenta...

 

Processos sedimentares... Ver para perceber... 

 

Flores do capim... 

O céu.... 

Eu... Estou barbudo, mas não se nota muito ..... ;) 

A árdua busca pelos pontos cartográficos..... Eribal, Marcos e Cuca.

Alguém a dirigir-se para o Luembe, provavelmente um pescador...

W. Eribal.  

 

Mandioca acabada de colher. A mandioca é a cultura predominante aqui nesta zona, na verdade, parece mesmo que esta gente não cultiva mais nada... O que é pena, pois quero fruta e é uma dificuldade para a comprar.... 

Uma Formiga cadáver com mais de dois centimetros de comprimento.
Passo a publicidade...

Um calcedonito da Série inferior do Sistema do Kalahari. 

Pediram para eu tirar, eu tirei... Em Nzaji. 

Zoom e loop

Uma coisa para desanuviar das fotos...

Especialmente para o Borrego que eu sei que gosta de xistalhada...
Uma falha em xisto do Pré-Câmbrico, do andar superior das Séries Metamórficas do Nordeste de Angola, segundo a notícia explicativa do Algônquico médio (Proterozoico).
O bom dela é que estava cheia de critérios de movimento muito bonitos. Um exemplo tipo de livro...

Xistosidade dobrada:

 

E se dúvidas houvessem acerca do movimento:
 

Toma lá uma paisagem Borrego... E deixa-me tratar das fotos que tenho umas boas de geologia especialmente para ti... 

Já percebi que agora sou pasto da bicharada....

Outra vez.... :(

Pois, mais uma vez deixei de conseguir postar fotos...
Obrigado Carina pela tua dica do tinypic , mas aí eu tenho de reduzir primeiro o tamanho de todas as fotos antes de postar, e como sou calão.....
Pode ser que amanhã já dê outra vez par apostar mais fotos...

Isto é um montinho de matéria orgânica que estava a cerca de 4 metros de profundidade. Estava num túnel de onde ainda vi fugirem duas térmitas... Não sei do que se trata, provavelmente uma espécie de “caixote do lixo” das térmitas... 

Quando o desfiz para ver o que tinha lá dentro (não consegui identificar nada) descobri que era a casa de uns vermes (nematelmintas?). Dá para ver um deles nesta foto, é a “coisa” conprida do lado esquerdo da fotografia.

Esta pedra estava perto, (no mesmo túnel) do montinho de matéria orgânica. Tem fungos em cima, provavelmente cultivados pelas térmitas, embora o substrato me parecesse ser a pedra apenas. 

Estas borboletas estavam a absorver agua no xisto fresquinho.... 

Este coleóptero veio-me visitar à noite, e claro não escapou a umas fotografias... E este vinha com brinde....