Borboletas... E Sol, claro!
Que hoje mereceu um filme... O problema é que esse filme ocupa logo 113 megas! E não foi desde o principio.... Mas vale a pena.....
 

 

 

 

"Arqueologia"...

Já fiz as minhas primeiras “arqueologias” por aqui... Confesso que foi por acaso, enquanto procurava os tais marcos antigos.
Perto de um dos pontos estava um belo caco decorado...
Quão antigo será não faço a mais pálida ideia, estava num sitio onde provavelmente não irá ninguém à muito tempo, talvez apenas garimpeiros, mas também não haviam vestígios de garimpo naquela zona... Já fico contente com isto... pode ser que encontre mais cacos... Bonito era mesmo encontrar algumas industrias líticas...

Como me esqueci de trazer uma escala em condições, tem de ser mesmo com a lapiseira... 

 

Um pormenor da pasta. 

Passeio pelo capim...

Hoje andei pelo campo, com o Geólogo Eribal e o auxiliar Cuca, à procura de um marco antigo feito pela DIAMANG para servir de ponto de referência à prospecção e lavra, o que aqui chamam “capuchos”, não sei se este nome era já utilizado ou se é um que inventaram por aqui para designar a coisa. Espero que alguém me possa dizer mais acerca disso... Malta?
Já estavamos a regressar quando o Cuca me chamou a atenção para algo muito interessante enquanto mudava rapidamente de caminho...
Uma serpente morta com uma nuvem de insectos em seu redor... E muitos mesmo, borboletas, formigas, moscas e muitos outros... cá estão algumas fotos dos que não fugiram com a minha presença... Não faço ideia qual o nome da vítima, mas, mais uma vez se alguém me puder ajudar é bem vindo (e já agora, eu sei que é pedir muito, mas se saírem alguns nomes de insectos também...)....

Uma vista geral...
 

 

 

 

Esta borboleta lutava com as formigas que a tentavam ou expulsar ou comer, mas ela com as asas, que tinham um bater muito forte, enxotava-as para longe... E não saía dali!

 

Um pormenor da pele da serpente, com uma varejeira, esse insecto omnipresente...
 

Fernando Monteiro, o homem dos meteoritos.

Ontem não me foi possível postar nada devido a uma tempestade que se abateu por estes lados.
Faleceu no dia 23 deste mês um professor meu de quem eu gostava muito. O professor Fernando Monteiro, que actualmente leccionava na FCUL.
Pelo o que eu conhecia dele era uma pessoa muito inteligente, muito interessada por todos os aspectos da ciência e muito culta, com quem se podia ter uma conversa (quando estava para isso) muito interessante e de onde se aprendia sempre muito se o quiséssemos.
Tenho mesmo muita pena que ele tenha ido.
Posto um texto que veio no Público, escrito pela Teresa Firmino e que me enviaram através da Geopor, que retrata bem a pessoa que era. Creio não haver problema de o postar aqui.
Fica também uma fotografia do Cruzeiro do Sul que tirei aqui numa destas noites.

In Público de 25/Fev/2005:

In Público de 25/Fev/2005:

Morreu o geólogo que adorava estudar meteoritos

O geólogo José Fernando Monteiro, estudioso de meteoritos e crateras de impacto, um dos poucos a fazê-lo actualmente de forma sistemática em Portugal, morreu anteontem em Lisboa, aos 43 anos. Nascido no Porto, Fernando Monteiro foi encontrado em casa sem vida. Já em adolescente se interessava por meteoritos e prolongou esse interesse pela vida fora, estudando-os como geólogo. Pode prestar-se-lhe homenagem hoje em Lisboa, até às 11h00, na capela do Instituto de Medicina Legal. O funeral realiza-se amanhã, no Porto às 11h00, saindo da Igreja do Carvalhido.

Tinha 16 anos quando escreveu o primeiro texto (de divulgação científica) sobre meteoritos. "Foi para o jornal escolar dirigido por mim, "O Científico"", contou um dia ao PÚBLICO. Intitulado "A importância do estudo dos meteoritos", esse artigo já revelava dois interesses que o acompanhariam sempre. A par do estudo das rochas vindas do espaço, era entusiasta da divulgação científica.

Escrevia regularmente para o "Jornal de Notícias", publicou várias brochuras e o pequeno livro "Do Big Bang à Vida: Uma Breve História do Universo". Dava palestras em escolas, universidades e um pouco por todo o lado. A próxima estava marcada para a quarta-feira que vem, num "workshop" sobre dinossauros no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa. Ia falar de vulcanismo, impactos e extinções em massa. O museu decidiu agora prestar-lhe homenagem nesse dia, às 18h00, convidando para falar alguns dos seus amigos e colegas.

"Era o nosso maior especialista em geologia planetária, não há dúvida nenhuma", testemunha o geólogo António Ribeiro, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e um dos orientadores, a par de José Munhá, da tese de doutoramento de Fernando Monteiro. "Era uma pessoa com uma grande honestidade intelectual. Tinha uma cultura extremamente vasta e interessava-se por todas as áreas da ciência. Era bastante aberto à divulgação científica. É uma perda enorme."

Quando se licenciava em Geologia na Universidade do Porto, teve o primeiro emprego, à noite. Trabalhava no Observatório Astronómico do Porto, onde fotografava estrelas. Era um candidato a geólogo que olhava para cima, para os céus, e não só para a Terra, e relembra esse interesse pelas rochas cósmicas na sua tese de mestrado sobre o meteorito de Chaves: "Recordo os primeiros passos no estudo dessas temáticas, no início dos anos 80, quando "percorria" toda a literatura sobre o assunto existente no Observatório Astronómico da Universidade do Porto."

Depois, foi para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde fez o mestrado. Foi o primeiro português a identificar, em 1988, o tipo a que pertence um meteorito (o de Chaves, caído em 1925, que estava mal classificado). Repetiu a façanha com o meteorito de Ourique, caído em 1998. "Nunca imaginei que classificaria um meteorito."

Leccionava agora na FCUL e preparava a tese de doutoramento sobre o registo de impactos cósmicos na Terra e o caso de uma estrutura ao largo de Peniche, que terá resultado da queda de um meteorito há 91 milhões de anos. Contava terminar a tese este ano. O sismo e o subsequente tsunami de 26 de Dezembro vieram mostrar como o seu trabalho era importante, já que essas ondas gigantes também podem ser causadas pela queda de meteoritos no mar.

Teresa Firmino

 

Ontem Não consegui postar nada, nem hoje durante o dia todo... Ou melhor, quando vinha À net , não estive aqui sempre, também tenho de trabalhar.....
Enfim, cá vão umas fotos do Lupango do Luxilo, prometo que depois tiro mais.
Isto é parte da parte recuperada para servir de QG do Projecto Chimbongo, eu estou alojado na casa atrás de mim... Não se vê mas depois eu trato disso, já que me andam a pedir para ver os meus aposentos...
A rede que se vê do lado esquerdo da fotografia é da escola primária que foi recuperada pelos meus patrões, a ESCOM. Sim, depois também mostro melhor...

Nem todas as casas estão recuperadas, 

 

Embora ainda se vejam as flores (cristas de galo ou algo assim acho eu...) descendentes das que outrora povoavam estes jardins, segundo o que vi nas fotos no site da DIAMANG. 

Para não dizerem que não aparece nada de geologia tomem lá estas bonitas estruturas sedimentares (é melhor ampliar para se ver bem) em xistalhada do Pré-câmbrico, segundo a bibliografia, mas não tenho a certeza, bibliografia não abunda por estas paragens... Se alguém quiser dar uma ajuda é bem vindo!
 

Esta planta, segundo o Marcos (topógrafo) é o Feijão maluco, e dá uma comicnhão danada durante muito tempo se tocarmos nos pelos das vagens... Nos seus tempos de miúdo ele e os colegas esfregavam disto na carteira do professor para não terem aulas.... e parece que resultava!

E, claro que o pôr do Sol costumeiro tinha de aparecer (também, ele aparece todos os dias! O que ei de fazer?...).
 

 

Grrrrr....

Peço desculpa, mas não estou a conseguir postar fotos nenhumas hoje....
Ficam para amanhã de manhã se já conseguir.....

 

Água

Estivemos sem água durante uns poucos de dias, eu fiquei sem tomar banho durante 3 dias... Não queiram saber o que isso é aqui, em que se sua que nem um porco! Claro, eu também tenho alguma culpa de não ter tomado uma boa banhoca de um dos riachos da mina, mas lá está, estou condicionado em termos de mobilidade.... Dormir à noite com o corpo todo pegajoso é que era mesmo muito mau... Claro que tentava ter uns mínimos de higiene, por exemplo, os dentes lavava com um pouquinho de agua engarrafada, e tentava sempre uma espécie de banho à francesa (um pouquinho de água e esfregar com uma peça de roupa), mas nada como sentir a água a escorrer pela cabeça depois de um tempo debaixo deste sol em que se sua mesmo muito! Tenho tomado um duche quando venho almoçar ao Luxilo e outro depois à tarde, e por vezes antes de me deitar ainda passo o corpo por água.... manias civilizacionais... Não creio, é mesmo uma questão de conforto! Bem, já sei que estas faltas de água são crónicas, por isso cada vez que agora tomo banho faço-o sempre com um gosto diferente e a pensar que pode ser o último em muitos dias...... Ai ai...
Isto por aqui continua na mesma, lá vou vendo como se gere uma mina, vou aprendendo um pouco da geologia daqui sempre que posso ver um corte com atenção, e vou sempre pensando que me dava um jeitão ter aqui alguns profs lá da FCUL a darem-me umas dicas.... Isto de ter de começar a trabalhar sem essa muleta é lixado... Claro, não é que não se faça, mas não é com a mesma segurança... por enquanto... Acho que uma das coisas que vou começar a fazer é medir atitudes à xistalhada que serve de rocha base, só para ver como se processa a coisa, pois pode ser que ajude na descoberta de zonas propícias à acumulação da kamanga (diamantes).
Bem, como não tenho andado a sacar muitas fotos vou postar umas fotos de bicharada que fui tirando...

Estes estavam a beber (absorver) água... eles também precisam!